quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mapa de Risco: Definições e Importância.

O início de um levantamento de segurança do trabalho possui como ferramenta principal a avaliação quantitativa, que é a avaliação baseada na experiência do avaliador, em que, de forma empírica, levanta os dados para a elaboração do Mapa de Riscos Ambientais.

Nesse caso, o Mapa deve ser o primeiro levantamento a ser realizado no ambiente de trabalho, servindo de base para o PPRA, PCMSO, PPP, PCMAT etc. É nesse cenário que se pode afirmar a importância da elaboração correta do Mapa de Riscos.

Com o advento da Portaria 25 de 29/12/1994, a execução do Mapa de Riscos Ambientais passou a ser atribuição da CIPA, com redução devidamente incluída na NR-05, item 5.16. Em 30/12/1995, pela mesma Portaria, foi alterado o texto da NR-09, com o seguinte título: "Programa de Prevenção de Riscos Ambientais", cuja abreviação é "PPRA".

Atualmente, o grande problema para os cipeiros é a falta de instrução específica para a confecção exata do Mapa de Riscos Ambientais; instrução essa que pode elucidar uma das atividades mais nobres da CIPA, que é a confecção do Mapa de Riscos, mesmo que ela seja complexa, repleta de termos técnicos, necessitando com isso um conhecimento preliminar adequado e coerente com a situação da empresa, não se esquecendo também da necessidade de possuir habilidades específicas na hora da representação clara e concisa do desenho, que será exposto a todos. Afinal, um desenho malfeito, apagado, inexpressivo, sem esquedro, com linhas feitas à mão, ou seja, sem critério algum, pode descaracterizar totalmente o Mapa, e muitas vezes induzir os funcionários da empresa a encará-lo de forma dispensável.

Assim, mas uma das exigências da lei que, na visão dos funcionários, não traria nenhum benefício completo para a segurança nos diversos ambientes de trabalho.

Essa falta origina-se na impossibilidade legal de ministrar instruções sobre sua elaboração, nos cursos obrigatórios de prevenção de acidentes para membros da CIPA, pelo simples fato de, nocurrículo do curso, não existir essa matéria/disciplina. Os cursos possuem duração de 20 horas, e dificilmente as empresas autorizariam um aumento da carga horária nesse segmento de ensino.

Especialistas da área afirmam que seriam necessárias 20 horas de treinamento para o entedimento completo, tanto teórico como prático. É necessário que o trinamento de Mapa de Riscos contemple o teórico junto com o prático, em virtude da necessidade de identificação completa dos riscos nos diversos ambientes de trabalho. Também se sabe que os inúmerosambientes possuem situações adversas e complexas, colocando toda a teoria em dúvida.

Sabe-se ainda que em muitos casos a teoria fica longe da prática, graças à não exist~encia de exercícios voltados ao chão de fábrica e de condições necessárias para o aprendizado na elaboração do Mapa.

Com relação às instruções de elaboração, são encontradas nos atuais manuais de segurança e medicina do trabalho informações para consulta à legislação complementar que trata da redação dada pela Portaria 25 de 29/12/1994, que tem o objetivo de instruir teoricamente como se elabora o Mapa.

Infelizmente não trazem nada além disso, causando um vazio enorme, por tratar da confecção de um Mapa de Riscos que envolve desenhos de áreas de trabalho, layouts, arranjos físicos etc.

O assunto necessita ser mais bem elaborado e esclarecido, principalmente quando se tem uma empresa que não possui o SESMT, onde o primeiro cipeiro é quem se torna o responsável pela elaboração. (Assessoria contato elton.engseg@hotmail.com)



Para os empresários, as informações mapeadas são de grande interesse, tendo em vista a manutenção e o aumento da produtividade, devido à descontinuidade da produção interrompida por acidentes, é possível ter a identificação de pontos vuneráveis e de risco maior já descritos previamente na planta.

Encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade pode ser complexo, mas as avaliações devem ser feitas de forma qualitativa e não quantitativa.

É necessário, para obter informações sobre os riscos ambientais ocupacionais, elaborar avaliações in loco, ou seja, no local de trabalho, sempre quando há pessoas executando alguma tarefa, mesmo que a permanência destas seja por alguns minutos durante determinado período de tempo.

Seguindo esse raciocínio, pode-se afirmar que todos os ambientes de uma indústria, empresa ou organização são visitados por funcionários em determinado período de tempo (dias, meses ou anos), isto é, de alguma forma existem funcionários que já visitaram os inúmeros ambientes profissionais.

Dessa forma a avaliação ambiental precisa ser ampla e irrestrita, executada em todos os ambientes dessa organização, seja ela indústria, comércio, administrativa, de serviços bancários ou construção civil. Os avaliadores precisam ser coerentes com a realidade profissional, ou seja, a avaliação deve ser bem elaborada, e não deixar nenhuma dúvida quanto aos riscos nos inúmeros ambientes profissionais.

Então, para que se atinja sucesso, a avaliação ambiental deve ser de dois tipos: qualitativa e quantitativa.

Avaliação Quantitativa:

É aquela que necessita de instrumentos científicos para sua realização, devendo estes estar calibrados e preparados para cada tipo de análise a ser realizada.

Avaliação Qualitativa:


É toda avaliação que não usa instrumentos científicos em sua elaboração, ou seja, baseada em queixas pessoais, conhecimento específico dos ambientes de trabalho, práticas profissionais de reconhecimento, experiência ambiental, etc.

O que é na verdade um Mapa de Riscos:

Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos; e cores. 0 seu obietivo é informar e conscientízar os trabalhadores pela fácil visualizacão desse riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de a acidentes do trabalho objetivo que interessa aos empresários a aos trabalhadores.

Objetivos do Mapa de Riscos:

- Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação da segurança e saúde no trabalho na empresa;
- Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.


Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

No caso das empresas de indústrias de construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida.

Quem Faz?

0 mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho SESIVIT da empresa, quando houver.

Planta ou Croqui?

É importante ter uma planta do local, mas se não houver condições de conseguir, isto não deverá ser um obstáculo: faz se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.


Classificação de Riscos:


Classifica os principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.

A CIPA deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidentes de trabalho. Nessa tabela que faz parte dos anexos da Portaria Ministerial há cinco tipos de riscos que corresponderão a cinco cores diferentes no mapa.


Benefícios:


Primeira medida não paternalista na área, o mapa de risco é um modelo participativo e pode ser um aliado de empresários e empregados para evitar acidentes, encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade, com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional. Ganham as empresas, com a redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos e desperdícios de matérias primas. Ganha o País, com a redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.

0 mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.

O Agente Mapeador:

O agente mapeador é uma pessoa capacitada para elaborar o Mapeamento de Riscos Ambientais na empresa.

São características necessárias do mapeador:

- Observação,
- Percepção
- Criatividade,
- Visão global;
- Objetividadel, poder de síntese;
- Capacidade de comunicação;
- Educação / discrição;
- Bom senso,
- Capacidade de organização;
- Receptividade à segurança;
- Persistência / agente de mudança;
- Simpatia.


Conhecimentos necessários:

Para sua ação, o mapeador deve possuir conhecimentos básicos sobre a empresa, a Cipa, o SEESMT (Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), segurança patrimonial, bem como sobre aspectos legais do acidente do trabalho.

A empresa:

O mapeador deve conhecer como funcionam os diversos setores da empresa em que trabalha (produção, administração, suprimentos etc.), bem como:

- O histórico da organização;
- Sua política de ação (geral);
- A organização do trabalho,
- As normas e procedimentos;
- As instalações prediais;
- O organograma administrativo.
- Receptividade à segurança;
- Persistência / Agente ente de mudança
- Simpatia.


CIPA, SESMT e Segurança Patrimonial:

O mapeador deve conhecer os membros que compõem a Cipa e o Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina Trabalho. Deve também conhecer elementos básicos de segurança patrimonial, como o bombeiro industrial e a vigilância.

Aspectos legais do acidente do trabalho:

O agente mapeador deve ter noção de responsabilidade civil e criminal nos acidentes do trabalho, de acordo com a legislação.

Apoio técnico:

Cabe ao mapeador, ainda, solicitar apoio de outros profissionais para conhecer melhor as atividades desenvolvidas nos diversos setores da empresa, tais como:

- Centro de processamento de dados;
- Departamento jurídico;
- Departamento de recursos humanos (com suas áreas de assistência social, psicologia do trabalhador, setor de pessoal, seleção e recrutamento)
- Projeto e desenvolvimento de produtos etc.


Devido a importância desse documento, que como já falei acima, é obrigatório para as empresas e serve de referência para a elaboração de outros documentos, deve-se ter todo cuidado na hora da confecção do Mapa de Riscos Ambientais. Uma vez que o Mapa for feito de forma incorreta, por tabela outros documentos como PPRA e PCMAT também o serão, além de trazer inúmeras consequências negativas para a empresa no caso de multas e pagamentos de indenizações por acidentes ocorridos e para todos os outros colaboradores que estarão sob riscos de sofrer acidentes desde os mais simples até os mais graves.

Para obter uma Assessoria completa sobre como elaborar um Mapa de Riscos, métodos e técnicas bem como questionários em todas as etapas, entre em contato comigo.

E-Mail: elton.engseg@hotmail.com Tel: (75)91906054

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